~ quinta-feira, julho 31, 2003
Com você eu só espero
não errar mais do mesmo jeito.
Vamos errar erros novos...
Me diz o que é o sufoco
que eu te mostro alguém
a fim de te acompanhar
Los Hermanos, "Último romance"
~ terça-feira, julho 29, 2003
Enquanto não tenho coisas minhas pra postar, vai a letra da minha música preferida do Casino. Eu sei, eu já pus essa letra aqui tem muito tempo, mas ela é linda e eu tô com saudade de show da banda, então pronto.
De mentira
(Casino)
Mais do que nunca
Não posso mais provar
O que eu quero dizer não está mais lá
Nada tenho pra dizer
A não ser que o silêncio é pra você
Você me lembra alguém
Eu não pensava mais
Pra não morrer eu sei
Esqueço e aí está você
Pra me lembrar
Espalho as coisas pela chão
Já não sabia mais
O que era dele e o que era eu
Já não estava mais
E via tudo em seu final
Ladeira abaixo, um lamaçal
O meu tormento é permanente, eterno é meu é só meu é só meu
É a tua foto no meu quarto
É o meu tempo que passa
Como se nada fosse
Como se ninguém encontrasse
Como se só estivesse
Como se não coubesse
Em mais ninguém
(vou te contar um segredo
que eu sei que você não quer escutar
é que toda vez que eu rio
toda vez que eu digo "agora tudo bem"
toda vez que eu rio
hoje em dia, é de mentira, meu bem.)
É o meu tempo que passa como se nada fosse
Como se ninguém encontrasse
Como se só estivesse
Como se não coubesse
Em mais ninguém.
(mais coisas da Cecília aqui)
~ segunda-feira, julho 28, 2003
Recado
Menina que falou comigo do blog arlequim alguma coisa (que eu esqueci), me manda uma mensagem pelo sistema de comentários pra eu poder visitar o blog. Desculpa a falha da memória...
~ domingo, julho 27, 2003
Por mais bonitas
eu sei
e você sabe
que palavras
são muito pouco.
~ quinta-feira, julho 24, 2003
E é claro que toda essa insanidade e confusão fascina, mas também mete medo, muito medo. Às vezes eu penso se não sou eu a louca que criou um mundinho imaginário e repete como um mantra pra ver se o resto do mundo acredita. Mas e você, onde se esconde? Você, eternamente fincado em cima do muro, você que parece que sofre e lembra como eu, você que parece também não saber o que quer e o que não quer como eu? Por que simplesmente não ignora tudo o que eu escrevo e falo? Por que finge que não vê, passa direto, mas depois volta e não contém o riso nervoso? Eu gostaria de perguntar se quando os olhares se cruzam, quando trocamos algumas palavras também é pra você como se as coisas nunca tivessem deixado de ser. Eu gostaria de saber por que às vezes eu tenho tanta certeza que sei o quê, mais cedo ou mais tarde, vai acontecer.
Você
não precisa
me dizer
que.
~ terça-feira, julho 22, 2003
O JP me falou desse blog, que, como ele disse, tem muito a ver com o Eu te amo. Tem um tema recorrente, uma espécie de obsessão, são reminiscências. Gostei muito desse post:
engraçado como lembranças são como uma polaroid ao contrário. a imagem que era clara e nítida vai borrando até ficar alguma coisa. que nem é a coisa mais importante, mas que, de alguma maneira, ficou marcada.
Quando ele me falou
que lembrava do meu olhar
me fez corar mais uma vez
porque era dele, aquele olhar
e ele sabia.
~ sábado, julho 19, 2003
Você, todo silêncios,
mas – eu sei –
esconde
um vulcão.
~ segunda-feira, julho 14, 2003
Tento desvendar
olhares
sorrisos
gestos
Um exercício infinito
de imaginar
meticulosamente
possibilidades
– e, no entanto,
inútil.
~ quinta-feira, julho 10, 2003
Não diga mais que esse amor é como um sonho
pois os sonhos acabam de manhã
e eu tenho que acordar
("Força bruta", Jorge Ben)
Injusto
Às vezes eu vejo ao longe o seu olhar. Finjo não notar. Às vezes acho que gostaria de sentir como você, como pra mim foi um dia, mas não consigo mais: parece que tudo foi sonho. As lembranças são esparsas, em flashes, restos em presentes e cartas que eu evito olhar.
Quando penso no amor que eu te dei e um dia tomei de volta, me sinto a pior das pessoas. Eu gostaria de te pedir desculpas por tudo o que eu deixei morrer, mas sei que de nada serviria. Eu te diria pra me odiar, mas isso também seria injusto, porque o ódio não é mais que uma forma de não esquecer – e eu, essa criatura tão má, não mereço mais que o seu desprezo.
~ quarta-feira, julho 09, 2003
Na última noite eu não consegui dormir
de vez em quando ainda me pego pensando em você
mas evito lembrar do que doeu,
que isso seria sofrer duas vezes a mesma dor.
Quando penso, é porque alguma lembrança me assaltou,
algum momento que você roubou para sempre ressurge
e eu, impotente diante dessas memórias,
me limito a sorrir e tentar não pensar muito.
E essas são algumas das coisas
que você nunca vai saber.
~ quarta-feira, julho 02, 2003
Cinzas
Entre as minhas coisas às vezes ainda
encontro confetes
– e eu que um dia pensei em esquecer
que aquele carnaval passou.
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