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~ domingo, março 30, 2003
 
Pesadelos

Apesar do sono, eu evito dormir, lembrando os pesadelos de ontem. Você pode achar engraçado o meu medo, mas se soubesse como são esses sonhos, ou se pelo menos uma vez tivesse me visto acordar assustada, talvez você entendesse, um pouco que fosse.
O pior é que eles são tão reais, e é como se eu quisesse acordar mas não conseguisse, e quando finalmente levanto, mesmo com sono, não volto a dormir, com medo que os sonhos continuem.
Enquanto tento não pensar em dormir, acabo pensando em você. Olho o céu, que a essa hora é lindo com as luzes ainda acesas, e me pergunto se algum dia você vai olhar pra ele daqui comigo sentado naquele banco. Espero que sim.
Eu gosto das pequenas coisas. Lembro de certos gestos e palavras seus como talvez você nem imagine, e gostaria de te contar um dia sobre como eles são importantes pra mim.
Uma música me lembra um antigo amor, e minhas lembranças se misturam. Se eu te dissesse que guardo eles em mim, você entenderia? Se dissesse que amo um pouco cada um deles, o que você acharia? Eu te diria que a minha melancolia não diminui o que eu sinto por você. E te contaria mais um segredo: que se eu puder acordar do seu lado de novo, não vou ter medo de dormir.
~ sexta-feira, março 28, 2003
 
Poema lindo do
Cid
(que, aliás, mudou o lay-out do blog, tá bem mais legal):

Enquanto você dorme

Enquanto você dorme, as horas passam
Eu não percebo, eu não respiro
Cuidadoso e enternecido
Decoro cada sarda
Enquanto as horas passam
Numa outra realidade
Eu faço milhões de planos
Penso em cada detalhe
E vivo tantas vidas
Todas elas do seu lado
Enquanto você dorme, eu me perco
Conto mais de mil histórias
Sinto a vida, seda macia
E o odor adocicado
Sinto o meu corpo cansado
Enquanto as horas passam
Eu ouço apenas o silêncio
Das mãos desamparadas
Dos traços, escondidos
Da voz, açucarada
Enquanto você dorme
Eu sei tudo de cabeça
E mesmo de olhos fechados
Eu guardo cada detalhe
De quem dorme ao meu lado
Enquanto as horas passam
~ quinta-feira, março 27, 2003
 
Tenho tanto a perguntar
mas prefiro me calar:
o seu silêncio já diz tudo.
~ terça-feira, março 25, 2003
 


Não sinto falta
do que passamos juntos:
eu tenho saudade
é do que não vivemos
– nem vamos.

(um post Eu te amo + Moidsch)
~ domingo, março 23, 2003
 
Quando ele pediu pra eu ficar um pouco mais, já era tarde: meu coração estava longe fazia tempo.
~ quarta-feira, março 19, 2003
 
Faz algum tempo
sonhei com nós dois
e agora me pergunto
se ainda não acordei.
~ domingo, março 16, 2003
 
Olha:
você também consegue ver
o vazio aqui do meu lado?
~ sexta-feira, março 14, 2003
 
Salto

(Carlito Azevedo)

Se alguma pedra pudesse tornar-se lírio
seria esta
Se alguma pedra o salto de um tigre

e não o tigre
seria esta
alguma as letras do alfabeto
seria esta
está só pontas
que pulsa
coração da casa
que acabas de deixar
para sempre
~ quarta-feira, março 12, 2003
 
Talvez

Ele está morrendo, ela me disse. Você quer ir lá amanhã?
Estranho esse estado em que as pessoas estão quase morrendo. É quase como se no fundo se esperasse a morte logo, como se a sua chegada fosse um alívio, sei lá. O sofrimento antes dela talvez seja maior do que quando ela de fato acontece.
Não sei lidar com a morte, não sei lidar com finais. Por isso quase nunca sou eu que resolvo quando acaba. Vai ser assim com a minha vida, tem sido assim com quase todo o resto.
Para aqueles que, como eu, não têm certezas religiosas, a morte física é um ponto final definitivo. E me deparar com ela sempre faz questionar meus aborrecimentos, meus pequenos sofrimentos. Enquanto choro por perdas amorosas e incertezas profissionais, pessoas queridas à minha volta choram por algo muito mais definitivo. Então me sinto fútil, pequena, mimada, perto dessas pessoas com seus sofrimentos que podem ser vistos a olho nu.
Talvez eu devesse ir com ela encarar a morte de perto mais uma vez (coisa que deixei de fazer quando criança ainda) pra simplificar um pouco a vida. Tentar aprender a deixar de sofrer por antecipação, não ter medo dos pontos finais. Até porque, em todos os outros casos, eles não precisam ser definitivos. Serão sempre um talvez.
~ quarta-feira, março 05, 2003
 
And I was lost, I was lost
Crossed lines I shouldn't have crossed
I was lost, oh yeah


Coldplay - "In my place"

 

Lay-out por Davi Ferreira