E é claro que toda essa insanidade e confusão fascina, mas também mete medo, muito medo. Às vezes eu penso se não sou eu a louca que criou um mundinho imaginário e repete como um mantra pra ver se o resto do mundo acredita. Mas e você, onde se esconde? Você, eternamente fincado em cima do muro, você que parece que sofre e lembra como eu, você que parece também não saber o que quer e o que não quer como eu? Por que simplesmente não ignora tudo o que eu escrevo e falo? Por que finge que não vê, passa direto, mas depois volta e não contém o riso nervoso? Eu gostaria de perguntar se quando os olhares se cruzam, quando trocamos algumas palavras também é pra você como se as coisas nunca tivessem deixado de ser. Eu gostaria de saber por que às vezes eu tenho tanta certeza que sei o quê, mais cedo ou mais tarde, vai acontecer.