~ sexta-feira, abril 30, 2004
Preciso entrevistar casais adolescentes que enfrentem barreiras no namoro. Podem ser gays, de raças diferentes, morar em estados diferentes, ter uma diferença muito grande de idade entre si, a família não aprovar... Quem se encaixar no perfil ou conhecer alguém assim, por favor entre em contato pelo meu email. Obrigada =)
~ quarta-feira, abril 28, 2004
todos os dias
todas as noites
todas as ruas
todas as horas
todas as mãos
frias.
~ terça-feira, abril 13, 2004
– Meu olho ainda brilha quando olho pra você.
– Mas não é assim que tem que ser?
Você vira as costas e é mais difícil dizer tchau. Eu volto logo, você diz, mas logo nunca é o suficiente. Olho pela janela mas não presto atenção, estou longe. Onde está a paisagem da praia de Botafogo que você tanto gosta? É mais pra trás? Eu rio um pouco da sua lembrança, e rio porque você ainda não conhece tão bem assim a cidade. Logo a paisagem e todas as ruas serão preenchidas pela melancolia que invade tudo cada vez que você se afasta os tantos quilômetros de sempre. A vida não é só você, mas sem você perde uma boa parte da graça. Assim é a paixão, e se o tempo passa e as coisas não mudam, ou se coisas como essa não mudam, talvez assim se tenha coragem de chamar de amor, o que na verdade desde o princípio já sabíamos, nunca senti isso antes, nunca essa intensidade, nunca soube o que era desespero (mas um desespero bom).
– A primeira vez que você me disse eu te amo, eu não respondi de volta.
– Eu lembro. Mas desde que me disse, tenho ouvido todos os dias.
Nunca liguei pra olhos verdes, mas esses são os mais lindos. E ainda brilham.
~ quarta-feira, abril 07, 2004
No repeat:
I'm gonna be drunk, so drunk
at you wedding
(Smog)
~ segunda-feira, abril 05, 2004
Como dói ver um amor morrer. Sem brigas, sem grandes traumas, os dois lados assistem ao sentimento agonizando, sabem que o fim está próximo. E já não podem fazer nada. Sem que se dessem conta de exatamente quando começou, de repente faltava alguma coisa de muito importante. Entre duas pessoas que um dia tiveram o sentimento mais forte do mundo, resta um vazio, uma angústia quase que inexplicável, aliás, quase não, inexplicável mesmo, porque se pudessem, ah, se pudessem, elas não deixaram isso acontecer, de jeito nenhum, e seriam para sempre o melhor casal do mundo, aquele que um dia sentiu o amor – nunca sentido antes! – que iria durar para sempre, era uma certeza. Pudesse o amor ser uma escolha. Tudo seria mais fácil, menos incerto. Teríamos segurança. Nos entregaríamos, faríamos promessas sem medo de um dia descumprir. Dormiríamos tranqüilos, teríamos menos pesadelos.
~ sexta-feira, abril 02, 2004
por minha volta tudo é branco
estar entre as nuvens
me causa um fascínio infantil:
quase esqueço o medo de voar,
agarro com força a sua mão,
brinco com o saquinho de vômito.
amar é poético.
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