Promete?
Às vezes eu pensava se quando tudo acabasse seríamos amigos como antes. Talvez fosse ingênuo da minha parte, mas eu não queria perder aquilo que era tão especial pra mim: as conversas infinitas, segredos compartilhados, a confiança.
O tempo todo o mais importante parecia ser a amizade. Não que o resto não fosse; mas paixões acabam, assim como surgem, quando menos se espera. E o que fica depois? Perguntas meramente retóricas? Cumprimentos trocados em encontros casuais? Eu não queria que fosse assim.
Por isso eu quis lutar pra ficar alguma coisa depois que o furacão passasse. Eu quis ser capaz de juntar os cacos e recuperar o que eu achava muito especial. Mesmo sem abrir mão do que, naquela época, parecia inevitável – e era mesmo. Mas acho que era tarde demais.