Sobre a dor feminina de existir – O
No Mínimo publicou essa matéria
aqui, que eu achei interessante, e curiosamente só vi depois de ter escrito sobre a cena do
Fale com ela.
Isso porque as questões femininas muito me interessam, eu inclusive tenho um blog coletivo com outras mulheres – que não divulgo aqui porque elas não querem (têm lá seus motivos) –, onde, em geral, reclamamos dos homens, haha. Mas na verdade o que eu acho, e que estava falando dia desses com um amigo, é que existe um grande desencontro entre mulheres e homens. Diferentes expectativas, diferentes atitudes. Será que tem como conciliar? E não digo só um suportar o outro, com pequenas e grandes mágoas bem ou mal-guardadas, mas conciliar de verdade, ser feliz convivendo. Será?
Porque eu só tenho visto um bando de mulheres infelizes com relacionamentos ou pseudo-relacionamentos, e, se os homens não reclamam tanto, em parte é porque ainda não gostam muito de se mostrar frágeis, em parte é porque os relacionamentos não ocupam a maior parte de suas preocupações e interesses – ao contrário das mulheres: junte mais de uma mulher, e qual será o assunto dominante? homem(ns). aliás: não precisa de mais de uma mulher, porque basta uma e ela já vai estar pensando em homem(ns).
Ah, tem muita gente que me chama de machista porque eu digo esse tipo de coisa. Não acho. Acho que estou sendo realista. E não num sentido pessimista, "oh, como nós mulheres supervalorizamos os relacionamentos". Mas pra tentar tornar a convivência entre homens e mulheres algo melhor (pros dois lados), é bom não ter medo de enxergar os problemas. E esse, pra mim, é um dos principais.