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~ quinta-feira, fevereiro 14, 2002
 
A ponte

Fazia tanto tempo, né? Muito tempo desde a última vez em que a gente tinha se encontrado ou mesmo falado. Àquela altura o álcool já tinha feito um certo efeito, e eu estava rindo um pouco mais que o habitual, mas ainda era eu ali, e ainda era você na minha frente.
Desde a última vez tanta coisa tinha se passado e eu, que por algum tempo procurei fugir de você "como o diabo da cruz", não me senti mais desconfortável nem tive medo. E se por vezes eu te culpei por tudo o que eu estava passando, agora eu me sentia bem ao seu lado de novo. Agora eu entendia que você tinha feito o que devia: foi embora antes que não restasse mais nada de bom entre a gente. E achei que podíamos fazer o que você sugeriu quando foi: ser amigos.
Mas aí você veio. Falou que estava quase chorando de ciúmes do conhecido com que eu conversava minutos antes. Disse que sentia minha falta, que estava com saudades. E eu levei um susto. Pra mim, foi tudo inesperado. Depois contei o que aconteceu pra alguns amigos, e um deles perguntou se eu não tinha sentido um gosto de vingança. Não. Eu senti pena. Porque pra mim era diferente. Agora eu só te queria como amigo.
Eu sinto sua falta também, claro. Sinto falta da ponte, do longo caminho até a minha casa ou a sua, das noites trabalhando ou vendo vídeo juntos, das fitas que você gravava pra mim (lembra daquela que eu achei que era pra mim e era pra você mesmo?), de poder dormir no seu colo no ônibus, do seu olhar de criança me pedindo alguma coisa, de você ouvindo com atenção (e tanta confiança!) a minha opinião sobre os seus trabalhos ou qualquer outra coisa, da letra que você escreveu pra mim... Na verdade, eu não sinto falta exatamente de você, mas do que nós éramos juntos.
Calma. Isso não quer dizer que você não seja mais importante pra mim. Você é, acho que vai ser sempre. Você continua tendo sido o amor da minha vida. E é por isso que eu continuo querendo não te perder. E encontrei o único jeito que me parece possível disso acontecer: sendo sua amiga. Porque nós nunca mais vamos ser os mesmos daquele tempo. Nada vai ser do mesmo jeito. Nem eu, nem você, nem a ponte.

 

Lay-out por Davi Ferreira